O Herbário do Jardim Botânico de Brasília (JBB) está prestes a inaugurar sua nova sede, marcando um importante capítulo na preservação e pesquisa do Cerrado brasileiro. Este espaço será o lar de quase 40 mil espécimes de plantas e vegetações nativas do Cerrado, constituindo um dos acervos científicos mais ricos e abrangentes do país.
O investimento de R$ 790 mil por parte do Governo do Distrito Federal (GDF) tornou possível a construção deste novo prédio, que presta homenagem a Ezechias Paulo Heringer, o ambientalista pioneiro nas coletas depositadas no Herbário do JBB. Além de um espaço moderno, a nova sede contará com salas de reunião e catalogação de espécies, proporcionando um ambiente ideal para pesquisas e conservação.
Com a conclusão das obras estruturais e de acabamento, as equipes concentram-se agora na instalação de redes de telefonia, internet e sistemas de climatização. Essa etapa é fundamental para manter as condições ideais de armazenamento das espécimes da estação ecológica.
Essas melhorias não apenas preservarão o legado do bioma Cerrado, mas também o expandirão. Priscila Oliveira Rosa, gerente de Vegetação e Flora do JBB, enfatiza que o novo prédio permitirá um aumento no número de coletas de espécimes, contribuindo para futuras pesquisas. "Manter uma coleção como essa é um grande investimento para que ela sirva de base de pesquisa para as pessoas daqui a 20, 30, 50 anos", destaca.
O Jardim Botânico de Brasília não se limita a ser um repositório de espécimes, mas também um local onde se produzem plantas do Cerrado ameaçadas de extinção. Daniel Oliveira Mata, gerente de laboratório do JBB, revela que o moderno laboratório abriga 20 mil mudas de 10 espécies diferentes, incluindo cinco ameaçadas. Essas mudas são desenvolvidas sob condições controladas, desde a captação de sementes até o cultivo.
O vasto e complexo acervo científico e o trabalho incansável dos técnicos no laboratório elevaram o Jardim Botânico de Brasília à categoria A, a mais alta classificação entre jardins botânicos. Isso foi possível graças ao atendimento rigoroso de critérios técnicos, infraestrutura de qualidade, qualificação da equipe e objetivos claros.
A cada dois anos, uma comissão formada por servidores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), realiza essa avaliação, garantindo que o JBB continue a ser uma referência em pesquisa e conservação. Este reconhecimento fortalece a missão contínua de preservar o Cerrado, um dos biomas mais ricos e ameaçados do Brasil.
* Com informações SeGov
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